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Aqui pretendo divulgar a Fonoaudiologia e outros assuntos relacionados à saúde e qualidade de vida.
Exponho um pouco do que sei e pratico, e também procuro repassar o que adquiro nos cursos que realizo.
Exponho também uma coletânea de textos de diversos sites(resultado das "viagens" que faço pelo mundo virtual e literário, estudando, lendo, pesquisando o que há de recente e interessante no mundo da Fonoaudiologia).
O corpo humano é uma máquina maravilhosa porém necessita de todo cuidado a fim de se preservar as suas capacidades e depende exclusivamente do meio ambiente em que está inserido.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Fonoaudiologia e Rugas

Não é mágica nem são truques fáceis de ginástica facial.
Profissionais da fonoaudiologia descobriram que os tratamentos que corrigem problemas de fala, de mastigação, respiração e outros mais acabam suavizando determinadas linhas de expressão ou mesmo eliminando a flacidez facial.

“Pacientes com problemas de deglutição, por exemplo, podem formar rugas ao redor da boca por repetir movimentos incorretos. Percebemos, então, que os exercícios de reabilitação solucionavam a função de deglutir e também acabavam eliminando a ruga e emprestando uma fisionomia mais harmônica ao paciente”.

Alguns fonoaudiólogos preferem chamar de Estética Facial, outros denominam “trabalho terapêutico de reconfiguração facial”.

Em fevereiro de 2002, o Comitê de Motricidade Oral, da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, posicionou-se frente a essa nova modalidade.
Reconheceu que os benefícios estéticos sempre acompanharam o trabalho dos fonoaudiólogos ao melhorar condições funcionais dos pacientes.
Discutia-se ali se um profissional poderia usar sua bagagem científica para obter apenas resultados estéticos.

“Não há nada de antiético”, entende a fono Daniela Verônica Zackiewicz, mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que faz parte do corpo clínico da Unidade Avançada Einstein - Alphaville.
“Embora não sejam casos patológicos, utilizamos a ciência da fonoaudiologia para enfrentar as marcas de expressão ou a falta de tonicidade no rosto dos pacientes.”

Pele sobre músculos –
Os músculos da face são responsáveis por funções básicas da nossa sobrevivência como deglutição, sucção, mastigação, mordida e fala.
A avaliação de um fonoaudiólogo irá levar em conta o total dessa atividade muscular e irá permitir um diagnóstico.
A partir dele, será feita a reabilitação, unindo fortalecimento da musculatura e conscientização.

É no conhecimento científico que o fonoaudiólogo avança em relação à simples ginástica facial.

Por exemplo: No caso de uma pessoa com bochechas caídas.
“Um esteticista sabe ver como ela mastiga?”
“A má utilização da musculatura da mastigação pode ser a causa da flacidez.
Como são os músculos que sustentam a pele, se estão tensos ou hipotônicos, provocam efeitos diversos.
Assim, cada região do rosto precisa ser abordada de forma diferente, ativada se flácida ou aliviada, se tensa.
Vale lembrar, é claro, que nem sempre uma ruga é sinal de problema fonoaudiológico.

Ver-se por dentro –
Propriocepção, esse termo difícil, é a chave para a eficácia de um tratamento em fonoaudiologia.
Ele significa ter consciência da atividade muscular envolvida na fala, na mastigação, na deglutição.
Também significa ter idéia dos esforços que a musculatura facial faz para ajudar a expressão de idéias e emoções.
Uma pessoa que vai a um fonoaudiólogo, seja uma criança com problemas de dicção ou um adulto querendo eliminar rugas, aprende a se perceber por dentro, desenvolve um olhar interno ao descobrir tensões musculares ou erros de postura.

Por exemplo, os movimentos que a língua faz para engolir saliva, para falar ou para deglutir. Quem dá atenção a eles?
As fonoaudiólogas podem mostrar se eles estão facilitando ou não o aparecimento de marcas faciais.

Cada rosto é um caso:
Por isso, as especialistas condenam a prática de exercícios faciais como os propostos por manuais ou livros.
“Além de não indicarem o exercício específico para o caso, eles não ensinam o paciente a tomar consciência das tensões específicas que ocasionam a falta de harmonia no rosto.
Por isso, estes livros podem acabar até prejudicando"

Tarde demais:
O envelhecimento da pele é inevitável, embora cada pessoa o viva em ritmo próprio. Por volta dos 30 anos, começa o processo, com a diminuição da produção de colágeno. A pele começa a perder sustentação e elasticidade.
Os exercícios da fonoaudiologia estética podem retardar o processo, ativando a circulação e, especialmente, proporcionando ganho de massa muscular no rosto.
“Se o músculo está firme, a pele não tem motivo para flacidez.

Os cuidados com a musculatura da face, no entanto, devem começar desde cedo, para liberar tensões musculares inadequadas que, quando não corrigidas, mais tarde irão se tornar rugas.
Uma pessoa pode adquirir vícios ainda bem jovem, como, por exemplo, franzir a testa para concentrar-se na TV ou para ler.
É comum ver gente com apenas 20 anos já com rugas na testa.
“Nessa região do rosto, são freqüentes os casos de hábitos de tensão errada da musculatura.
Também muita gente apóia o rosto com a mão, de um lado só, prejudicando a musculatura, tornando diferentes os lados do rosto.

Para ser totalmente eficaz, o tratamento em estética facial deve começar por volta dos 30/35 anos. Isso não quer dizer que, além dessa faixa etária, a fonoaudiologia estética seja inútil.
“Embora as marcas de expressão persistam, a musculatura que sustenta a pele pode ser tonificada e, consequentemente, produzir um rosto mais liso e mais irrigado.
“Se o paciente não for persistente e não mantiver a prática constante dos exercícios, o quadro anterior pode voltar”.

Quando a ruga é mais profunda e causou marcas na pele, o trabalho em geral é feito em dupla com um dermatologista ou até um cirurgião plástico, que farão tratamentos específicos para retirar a marca causada, enquanto o fono irá ensinar a eliminar tensões e equilibrar a musculatura.
Também há momentos em que o tratamento exige a participação de especialistas da mente.
“Libera-se tanta tensão, às vezes, que o paciente precisa procurar ajuda em outra área do conhecimento, como a psicologia".