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Aqui pretendo divulgar a Fonoaudiologia e outros assuntos relacionados à saúde e qualidade de vida.
Exponho um pouco do que sei e pratico, e também procuro repassar o que adquiro nos cursos que realizo.
Exponho também uma coletânea de textos de diversos sites(resultado das "viagens" que faço pelo mundo virtual e literário, estudando, lendo, pesquisando o que há de recente e interessante no mundo da Fonoaudiologia).
O corpo humano é uma máquina maravilhosa porém necessita de todo cuidado a fim de se preservar as suas capacidades e depende exclusivamente do meio ambiente em que está inserido.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Distúrbio da Audição

A audição desempenha um papel importante e decisivo no desenvolvimento da comunicação e funciona como sistema de alerta não para nem quando dormimos.

A deficiência auditiva, que é diminuição do limiar auditivo, pode acometer a qualquer pessoa independente da idade.

De cada 1.000 bebês nascidos vivos, entre 10 a 12 nascem com um tipo de deficiência auditiva.

É possível detectar a perda da audição adquirida ou congênita logo nos primeiros dias de vida e iniciar um intervenção efetivo até os 6 meses de idade.

A deficiência auditiva pode ser classificada em leve, moderada, severa e profunda
-->Audição normal: limiares entre 0 a 24 dBNA (Nível Auditivo)
-->Deficiência auditiva leve: entre 25 a 40 dBNA
-->Deficiência auditiva moderada: entre 41 a 70 dBNA
-->Deficiência auditiva severa: entre 71 a 90 dBNA
-->Deficiência auditiva profunda: acima de 91 dBNA

Conforme o grau da perda auditiva existem vários tipos de intervenção que variam de simples tratamentos até adaptação de aparelho de amplificação sonora individual (AASI), ou até em alguns casos havendo a indicação de implantes cocleares.

Existem três tipos de deficiências auditivas são:
-->as condutivas, neurossensoriais ou mistas.

**Deficiência Condutiva
São aquelas que acometem o caminho da condução do som.
É causada por um problema localizado em orelha externa e/ou média até chegar a orelha interna.
Esse tipo pode ser causado por:
->corpo estranho no conduto externo, rolha de cera, otite externa e média, mal formação congênita do conduto auditivo, inflamação e/ou perfuração da membrana timpânica, obstrução da tuba auditiva, otosclerose e outras.

**Deficiência Neurossensorial
É quando há qualquer alteração na recepção do som, seja por lesão das células ciliadas em orelha interna ou no nervo auditivo.
Vários fatores causam esse tipo de perda auditiva:
-> origem hereditária como problemas da mãe no pré-natal (tais como a rubéola, sífilis, herpes, toxoplasmose, alcoolismo, toxemia, diabetes etc),
-> trauma físico, baixo peso no nascimento por prematuridade, trauma de parto: meningite, encefalite, caxumba, sarampo etc.

**Deficiência Mista
Ocorre quando há uma alteração na condução do som até o órgão terminal sensorial associado à lesão do órgão sensorial ou nervo auditivo.

**Deficiência Auditiva Central
Este tipo de deficiência não é necessariamente acompanhado de diminuição da sensibilidade auditiva, mas manifesta-se por diferentes graus de dificuldade

Como reconhecer um individuo com perda auditiva??
A perda auditiva é um problema grave que não se consegue ver nem tocar, sendo assim, pode haver demorar a detectá-la.
Para as crianças, o diagnóstico tardio de um problema nas vias auditivas pode prejudicar o seu desenvolvimento de linguagem e conseqüentemente o seu processo de aprendizagem.

No caso de crianças, os pais e ou responsáveis devem observar as reações auditivas da criança:
->Nos primeiros meses de vida o bebê reage a sons como bater de porta, vozes, assustando-se, piscando e até chorando.
->Por volta dos quatro ou cinco meses a criança procura a fonte sonora virando a cabeça e corpo. Se o bebê não reage á sons, os pais devem ficar atentos e procurar orientação médica.
->Deve-se estar atento a crianças que assistam televisão em volume alto ou próximo do aparelho;
->Pede para repetir varias vezes o que foi dito;
->Problemas de concentração na escola;
->Os problemas comportamentais também podem estar associados a dificuldades auditivas, até uma pequena perda na capacidade de percepção auditiva, pode influenciar no comportamento e desenvolvimento da criança.

Exames utilizados para detectar qualquer distúrbio da audição:
->Audiometria Tonal e Vocal
->Audiometria condicionada Infantil
->Imitânciometria
->BERA – Audiometria de tronco encefálico (utilizado em casos em que a audiometria comum não seja efetiva).
->Emissões Otoacústica (EOA) – Mais utilizado em bebês ainda no hospital, conhecido como TESTE DA ORELHINHA. Este exame já é reconhecido através da legislação, conforme Portaria SAS/MS n. 587 de 07 de Outubro de 2004 e que se torna obrigatoriedade na rede pública.
->Teste de Processamento Auditivo – em casos de comprometimento no processamento das informações recebidas. Este teste é indicado para crianças em processo de aprendizagem.