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Aqui pretendo divulgar a Fonoaudiologia e outros assuntos relacionados à saúde e qualidade de vida.
Exponho um pouco do que sei e pratico, e também procuro repassar o que adquiro nos cursos que realizo.
Exponho também uma coletânea de textos de diversos sites(resultado das "viagens" que faço pelo mundo virtual e literário, estudando, lendo, pesquisando o que há de recente e interessante no mundo da Fonoaudiologia).
O corpo humano é uma máquina maravilhosa porém necessita de todo cuidado a fim de se preservar as suas capacidades e depende exclusivamente do meio ambiente em que está inserido.

domingo, 11 de outubro de 2009

Assim como o corpo a voz também envelhece!

Assim como o corpo , a voz também envelhece!!!

O empresário M.C, de 67 anos, é um homem falante e com um timbre de voz grave.
Há quatro anos, foi surpreendido por uma lesão na corda vocal, que o fazia perder a voz no final do dia. Além disso, ele tinha ardência na garganta e rouquidão.
Com a cirurgia realizada , o problema desapareceu, mas o empresário não fez o repouso vocal indicado pelo médico e há quatro meses, os sintomas voltaram.
Depois de nova consulta, o alívio: não havia pólipo, mas ele precisaria de uma fonoterapia para reaprender a usar sua voz.
O caso de M. não é tão raro quanto se imagina.

A voz também envelhece, como as outras partes do corpo, e, da mesma forma, pode ficar doente. É comum haver instabilidade na voz das pessoas idosas. A voz fica trêmula e mais fraca.
Mas, as mudanças relacionadas à idade são diferentes em cada pessoa.
Começam em partes diferentes do corpo, em momentos diferentes e com um ritmo diferente.
É como se cada um iniciasse a corrida para o envelhecimento com os pés em uma linha de partida diferente.

As alterações vocais mais frequentes incluem:
--> redução da capacidade respiratória que gera frases mais curtas e necessidade de reabastecimento constante de ar;
--> atrofia na musculatura da laringe;
--> modificação na qualidade da voz, principalmente o tremor vocal;
--> enrijecimento das cartilagens da laringe, causando maior esforço para falar
--> menor coordenação motora.

Esses fatores causam redução na velocidade da fala e cansaço.
O grau de modificação vocal depende de cada um, de sua saúde física e psicológica e de sua história de vida.

Um bom exemplo, no canto lírico, é o tenor italiano Martinelli, que cantou aos 82 anos o papel de Calaf em Turandot de Puccini e no canto popular, Alberta Hunter com 85 anos mostrou a voz clara e firme em apresentação no Brasil apesar de uma limitação na locomoção.

De modo geral as alterações vocais são mais precoces nas mulheres, coincidentes com as mudanças hormonais da menopausa; porém, mais acentuadas nos homens que ficam com as vozes mais agudas e mais instáveis.

Vozes treinadas para canto e vozes de atletas mostram maior resistência ao envelhecimento.
Como hoje há uma melhor expectativa de vida para os idosos que se aposentam mais tarde e têm um desempenho social mais ativo, uma alteração vocal gera um verdadeiro problema.

É possível se lançar mão de vários recursos de tratamento: orientação, reabilitação vocal, terapia medicamentosa ou fonocirurgia.
A orientação auxilia o indivíduo a compreender as mudanças que ele mesmo observa, ajudando-o a entender a natureza daquilo que o incomoda e quais recursos disponíveis.

A reabilitação vocal oferece a possibilidade de minimizar a evidência da idade na voz, através de uma série de recursos de treinamento vocal, que também vão contribuir com a comunicação como um todo.

A terapia medicamentosa pode incluir desde uma série de complexos vitamínicos até medicações mais específicas para controlar desordens associadas.

A fonocirurgia na terceira idade pode estar associada à remoção de edema de Reinke na mulher ou procedimentos para reduzir as fendas glóticas causadas pela atrofia muscular, mas ainda existem poucos estudos cirúrgicos com pacientes idosos.
O atendimento fonoaudiológico aos pacientes idosos auxilia imensamente em sua integração social, melhorando as condições de comunicação e a qualidade de vida desta população que graças aos avanços da medicina se torna cada dia maior e com melhores condições de desfrutar os prazeres da vida.

Mudanças vocais ao longo dos anos:

-->> VOZ NA INFÂNCIA: dos 6 anos ao início da puberdade a voz do menino e da menina são muito parecidas, sendo difícil discriminar o sexo do falante somente pela voz.

-->> VOZ NA PUBERDADE: neste período ocorre um crescimento grande na laringe que acompanha o crescimento corporal e está associado à ação dos hormônios. Nos meninos este crescimento é muito maior e a voz torna-se muito mais grave, grossa, em torno dos 14-15 anos.

-->> VOZ NA FASE ADULTA: nesta etapa a voz é estável e apresenta características próprias para cada sexo, dificilmente confundimos a voz de um homem e de uma mulher. Considera-se o período de máxima eficiência vocal dos 25 aos 40 anos.

-->> VOZ NA TERCEIRA IDADE: O grau de deterioração vocal depende de cada indivíduo, de sua saúde física e psicológica e de sua história de vida, além de fatores raciais, alimentares, hereditários, sociais e ambientais.

De modo geral as alterações vocais são mais precoces nas mulheres, coincidentes com as mudanças hormonais da menopausa; porém, mais acentuadas nos homens que ficam com as vozes mais agudas e mais instáveis.