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Seja bem vindo(a) ao Blog Fonoaudialogando!
Aqui pretendo divulgar a Fonoaudiologia e outros assuntos relacionados à saúde e qualidade de vida.
Exponho um pouco do que sei e pratico, e também procuro repassar o que adquiro nos cursos que realizo.
Exponho também uma coletânea de textos de diversos sites(resultado das "viagens" que faço pelo mundo virtual e literário, estudando, lendo, pesquisando o que há de recente e interessante no mundo da Fonoaudiologia).
O corpo humano é uma máquina maravilhosa porém necessita de todo cuidado a fim de se preservar as suas capacidades e depende exclusivamente do meio ambiente em que está inserido.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Linguagem e Fala

Linguagem: Linguagem e Fala

Embora seja a mais complexa, e a que coloca-nos em condição de superioridade em relação aos outros animais, a linguagem verbal não é a única forma de comunicação.

Podemos transmitir (comunicar) a outro indivíduo, nossos pensamentos, emoções, etc, através de gestos (linguagem gestual), através do corpo (linguagem corporal) e provavelmente através de muitos códigos que sejam comuns a locutor e interlocutor.

Nesse sentido, estamos considerando a linguagem como um processo simbólico da comunicação e a fala um instrumento de expressão da linguagem.
Como vimos, linguagem e fala não são sinônimas, tanto que muito antes do bebê emitir suas primeiras palavras (fala), já é capaz de utilizar-se de codificação (linguagem) para interrelacionar-se com o meio e seus semelhantes (mãe, pai, irmãos, etc).
Ainda assim, acreditamos que o desenvolvimento da linguagem e da fala não precisam ser considerados separadamente, pois um tem muita relação com o outro.

Quando a criança começa a falar?
Felizmente, por volta dos 2 anos a maioria das crianças já tem um número de vocábulos que lhes permite expressar-se verbalmente com facilidade.
Algumas nessa idade, e até um pouco antes, já utilizam frases simples, com verbos, adjetivos e preposições, relatam fatos e criam seus próprios vocábulos.

Contudo, além das diferenças individuais, que devem ser respeitadas, precisamos estar atentos à fatores determinantes na aquisição, e que quando alterados, podem interferir no desenvolvimento normal da linguagem.
Esses fatores podem ser subdivididos em:
--> biológicos, psicológicos e sociais.

1-Fatores biológicos:
Integridade do S.N.C. (Sistema Nervoso Central):
Crianças com anoxia neonatal deveriam ter seu desenvolvimento de linguagem observado mais atentamente;

Desenvolvimento intelectual normal:
Atraso significativo no desenvolvimento neuropsicomotor junto com atraso na aquisição de linguagem, podem ser indicativos de deficiência mental;

Integridade do sistema auditivo:
Ressaltamos aqui a importância da triagem auditiva ao nascimento para a detecção precoce da deficiência auditiva;

Integridade dos órgãos periféricos da fala (lábios, língua, palato, bochechas):
Além das propriedades nutricionais do leite materno, sugar no seio, propicia a criança a exercitação da musculatura intra-oral, evitando ou minimizando problemas ortodônticos e articulatórios.

Crianças com fissuras lábio-palatais podem apresentar alterações de linguagem e articulatórios;

2-Fatores psicológicos:
Vínculo afetivo entre mãe-criança contribui efetivamente para uma evolução de linguagem muito satisfatória;

3-Fatores sociais:
Ambientes negativos: tensos, de brigas freqüentes entre familiares, super proteção (pais que não dão a criança oportunidade de aprendizagem, fazem tudo por ela), são modelos de linguagem pobres tanto em quantidade quanto em qualidade, e também podem prejudicar não só a linguagem, mas o desenvolvimento global da criança.

Conforme podemos observar, descartando-se a possibilidade de lesões (fatores biológicos), os pais e o meio ambiente têm importância fundamental no desenvolvimento global adequado, na aprendizagem e sobretudo na aquisição de linguagem infantil.

Atuação Fonoaudiológica nas Escolas



ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
NAS ESCOLAS:
A cada ano temos observado crescente procura pelo trabalho de orientação e intervenção fonoaudiológica em escolas de educação infantil, ensinos fundamental e médio.
A carência de conhecimento nessa área tem levado pais, educadores e demais profissionais a sentirem-se inseguros quanto ao desenvolvimento da linguagem e seus correlatos, resultando em encaminhamentos muitas vezes tardios.
Com base nessas evidências, alguns fonoaudiólogos tem atuado de uma forma preventiva, auxiliando na detecção precoce de desvios fonoaudiológicos em educadores e alunos.

A atuação da Fonoaudiologia na Educação consiste em realizar:
--> triagens, palestras e dinâmicas fonoaudiológicas em grupo, apresentação de CD ROM, fitas de vídeo e áudio.
Os temas abordados são:
-->Desenvolvimento da Linguagem e da Fala;
-->Mastigação;
-->Deglutição;
-->Respiração;
-->Chupeta e Mamadeira;
-->Produção da Voz;
-->Processamento Auditivo Central;
-->Leitura e Escrita.
O programa de prevenção desenvolvemos é planejado de acordo com a necessidade da escola.

Call Center

Atuação da Fonoaudiologia
no Call Center:

Nos dias de hoje, a função do operador de telemarketing é :
->otimizar a captação direta
->manutenção dos negócios, propiciando a satisfação dos clientes.

A comunicação oral é o único instrumento de trabalho do teleoperador.




Para torná-la mais expressiva a Fonoaudiologia enfoca a saúde da voz, da fala,da linguagem e outras habilidades, como:
-> atitudes de assertividade e dinamismo.
->Naturalidade e auto-percepção, incluindo qualidade e dinâmica vocal na composição da expressividade oral
->as escolhas lingüístico-discursivas.

ETAPAS DA ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA:
->Avaliação Ambiental:
Nesta etapa, o fonoaudiólogo fará observações no local de trabalho com o objetivo de criar estratégias para a prevenção de danos auditivos e vocais aos teleoperadores e resgatar indivíduos que, por ventura, necessitem de novos ou mais avançados treinamentos.
Além disso, trará para a rotina dos profissionais os exercícios aprendidos nos treinamentos realizados.
->Avaliação Admissional e Periódica:
Com o objetivo de verificar a compatibilidade do perfil vocal à empresa, identificar fatores predisponentes a alterações vocais e minimizar essas alterações, decorrentes da demanda vocal, dos funcionários já contratos.
->Treinamentos:
Todos os teleoperadores, recém contratados ou antigos funcionários, passarão por um treinamento vocal com o objetivo de preservar a audição e a saúde vocal, além de aperfeiçoar as habilidades comunicativas.
Os treinamentos serão em grupos de oito pessoas feitos com duração de quatro horas, podendo ser divididas conforme a disposição de horários dos funcionários.
->Tratamento:
Indicado para aqueles que já possuem queixa ou alteração vocal e necessitam de terapia específica.
Serão realizadas sessões semanais, em grupos de quatro pessoas.
O número de sessões dependerá da lesão e queixa de cada paciente.
->Campanhas de Motivação:
Para que os teleoperadores não percam as técnicas e a rotina adquirida durante a fase de treinamento vocal.
->Visitas mensais: à empresa com acompanhamento de toda a rotina dos profissionais.

Distúrbios da Comunicação




"A Comunicação humana
não abrange apenas a fala, mas também, olhar, gestos e sons que consolidam seus significados quando há uma função comunicativa inserida em um contexto adequado de comunicação."

O distúrbio da comunicação ocorre quando um indivíduo não consegue compreender ou expressar suas idéias, seja pelo meio verbal e/ou gestual.

Os distúrbios da comunicação podem ocorrer em crianças, adultos e idosos.
As causas são variadas:
--> hereditárias (ex: perdas auditivas ou gagueira),
--> adquiridas com o desenvolvimento (ex: trocas ou distorções nos sons da fala) ou de início súbito ou tardio (ex: Afasia pós AVC ou traumatismo craniano).
O diagnóstico e o tratamento de uma alteração na comunicação são realizados pelo fonoaudiólogo em conjunto com outros profissionais como: otorrinolaringologista, neurologista, pediatra, ortodontista, terapeuta ocupacional, psicólogo e fisioterapeuta.
Os principais distúrbios da Comunicação Humana:
-->Distúrbio da Fala
(ou Articulatórios)= Dificuldades relativas à aquisição dos sons ou fonemas da língua, caracterizada pela ocorrência de omissões, trocas ou distorções dos sons que compõem as palavras.
Para cada som da língua portuguesa há um idade adequada de aprendizado, casos como atraso ao aprender os sons são comuns em crianças.
Vale ressaltar que as distorções podem ocorrer também em adultos, cuja fala não é totalmente compreendida devido a maneira distorcida de emitir algum som.
-->Distúrbio da Motricidade Oral = Estes distúrbios envolvem alterações de funções como a respiração, mastigação e a deglutição, que podem estar associados a outros problemas de comunicação, como as distorções na emissão dos sons da fala.
São alterações de força e/ou postura de estruturas como: língua, bochechas, dentes, lábios e palato (CET da boca).
-->Atrasos de Aquisição de Linguagem = Na sua grande maioria, as crianças começam a desenvolver a linguagem verbal entre um e dois anos de idade, porém algumas apesar de já estarem por volta de dois anos ou mesmo tendo ultrapassado tal idade, ainda não adquiriram a linguagem oral ou estão apresentando um desenvolvimento lento.
A criança pode também apresentar dificuldade em compreender frases ou conceitos.
A alteração no desenvolvimento de linguagem pode se manifestar desde muito cedo na vida do bebê, podendo estar presentes em indivíduos sem alter ações fisiológicas como também em casos de algumas síndromes ou distúrbios neurológicos.
-->Distúrbios da Leitura e Escrita = Correspondem às dificuldades relativas a aprendizagem da leitura e/ou escrita.
*Na leitura, as dificuldades podem atingir a decodificação de letras e palavras, o domínio da pontuação e, até mesmo, a capacidade de compreender os textos.
*Na escrita pode se manifestar no domínio da ortografia, no uso da pontuação e na capacidade para elaborar textos.
Os graus destes distúrbios podem variar muito, desde dificuldades específicas de um aspecto da leitura/escrita, até fazerem parte de distúrbios mais globais, como os distúrbios de aprendizagem.
-->Distúrbios da Voz (Disfonias) = Distúrbios que alteram a qualidade vocal caracterizando uma Disfonia, decorrente de uma lesão na laringe ou do uso inadequado da voz.
São comuns em crianças e em adultos:
-->em adultos: há o trabalho de Aperfeiçoamento Vocal, envolvendo profissionais da voz que desejam melhorar seu padrão vocal para potencializar seu trabalho.
-->Gagueira = Distúrbio que altera a fluência e o padrão rítmico da fala que pode acometer crianças e adultos.
Há a Gagueira propriamente dita quando as rupturas na fala são mais graves, como: bloqueios, prolongamentos e repetição de sons.
Uma ocorrência comum são os indivíduos Disfluentes, que cometem rupturas comuns em seu discurso numa freqüência elevada.
-->Distúrbios da Audição =
*Perdas Condutivas: O som não é conduzido de maneira eficiente através da orelha média.
Este tipo de perda auditiva pode ser tratado por meio de medicamentos ou cirurgicamente. *Perdas neurosensoriais: Provocadas por problemas da orelha interna ou por lesões que atinjam o nervo que leva os sons ao cérebro.
Este tipo de perda auditiva não pode ser tratado por medicamentos, estas pessoas podem se beneficiar com o uso de aparelhos de amplificação sonora.
-->Afasia, Disartria e Distonia = Alterações que se manifestam após trauma orgânico na região do cérebro, decorrido de trauma crânio encefálico, AVC (derrame) ou demência por envelhecimento.
São alterações de compreensão, articulação da fala e movimentação, mais comuns em idosos.

Profissional da Voz

Profissionais da Voz:

Os profissionais da voz são aqueles que dependem da voz como seu instrumento de trabalho e que necessitam de um tipo específico de qualidade vocal para manter-se na função:

Os profissionais da Voz são:
-->os professores, operadores de telemarketing, locutores, jornalistas, políticos, cantores, atores e dubladores.

Fazendo um paralelo, como um jogador de futebol, que tem o maior risco de ter problemas no joelho, os profissionais da voz são pessoas de alto risco a apresentarem alterações vocais.

O papel do fonoaudiólogo é de diagnosticar e reabilitar, junto ao otorrinolaringologista, o paciente que apresenta lesões nas pregas vocais, procurando entender o universo desse profissional e ajudá-lo a minimizar os riscos de voltar a ter os problemas tratados.

Cabe ao fonoaudiólogo:
--> prevenir os sintomas comuns que aparecem nos profissionais da voz, como cansaço no final da jornada, perda de voz, rouquidão, desconforto para falar ou cantar, além do aperfeiçoamento dessas vozes de acordo com a demanda e o tipo de voz necessário a cada profissional.

Se você:
--> não apresenta nenhum dos sintomas citados, mas acredita que poderia projetar melhor a voz no canto ou no teatro;
--> as pessoas reclamam que sua dicção não é boa;
--> possui dificuldades de fazer, por exemplo, agudos no canto;
--> ao falar em público, sua voz fica não fica como gostaria ou ainda, se necessita construir a voz de um personagem, mas tem receio de prejudicar-se, consulte um fonoaudiólogo.

O fonoaudiólogo pode ajudá-lo a compreender os mecanismos da sua voz, a modificá-la e o auxiliará no aperfeiçoamento da sua comunicação!

Distúrbio da ATM

Distúrbio da ATM
A articulação temporomandibular é a articulação da mandíbula com o crânio, especificamente o processo côndilar da mandíbula com o osso temporal.
*Grafia têmporo-mandibular é errada.
A simetria ditada pela ATM tem que ser constante.
Unida com as articulações da coluna cervical e cintura escapular, a ATM trasforma-se em um perceptível péndulo, consequentemente sua distonia provocará distúrbios posturas diretos na coluna cervical e na cintura escapular, promovendo assim, alterações posturais que podem acometer a coluna lombar e os membros inferiores.
Não existe sequer exatas confirmações científicas de que a disfunção da ATM pode levar a tal disfunção postural de lombar para baixo, mas muitos estudos na área da saúde demonstraram alguns pacientes com tais alterações posturais e possuiam uma disfunção temporomandibular.
Quando essa articulação dupla bilateral está com movimentação alterada,são encontrados alguns sintomas como:
-->Cefaléia
-->Dor na região em que mastiga; na região da ATM e na região cervical;
-->Ruídos na articulação com estalos e/ou crepitações(exemplo crec crec);
-->Limitação no movimento de mandíbula ou desvios ao abrir ou fechar a boca;
-->Sensação de ouvido tapado;
-->Dor;
-->Entre outros
Os sintomas podem variar de indivíduo para indivíduo em relação a intensidade e freqüência.
As causas são multifatoriais dentre elas:
->fatores de oclusão dentária,
->fatores traumáticos,
->stress,
->problemas emocionais,
->etc.
O tratamento fonoaudiológico das disfunções de ATM envolve:
--> a modificação de fatores que influenciam e agravam a dor,o desconforto e as limitações do paciente.

Distúrbio da Audição

A audição desempenha um papel importante e decisivo no desenvolvimento da comunicação e funciona como sistema de alerta não para nem quando dormimos.

A deficiência auditiva, que é diminuição do limiar auditivo, pode acometer a qualquer pessoa independente da idade.

De cada 1.000 bebês nascidos vivos, entre 10 a 12 nascem com um tipo de deficiência auditiva.

É possível detectar a perda da audição adquirida ou congênita logo nos primeiros dias de vida e iniciar um intervenção efetivo até os 6 meses de idade.

A deficiência auditiva pode ser classificada em leve, moderada, severa e profunda
-->Audição normal: limiares entre 0 a 24 dBNA (Nível Auditivo)
-->Deficiência auditiva leve: entre 25 a 40 dBNA
-->Deficiência auditiva moderada: entre 41 a 70 dBNA
-->Deficiência auditiva severa: entre 71 a 90 dBNA
-->Deficiência auditiva profunda: acima de 91 dBNA

Conforme o grau da perda auditiva existem vários tipos de intervenção que variam de simples tratamentos até adaptação de aparelho de amplificação sonora individual (AASI), ou até em alguns casos havendo a indicação de implantes cocleares.

Existem três tipos de deficiências auditivas são:
-->as condutivas, neurossensoriais ou mistas.

**Deficiência Condutiva
São aquelas que acometem o caminho da condução do som.
É causada por um problema localizado em orelha externa e/ou média até chegar a orelha interna.
Esse tipo pode ser causado por:
->corpo estranho no conduto externo, rolha de cera, otite externa e média, mal formação congênita do conduto auditivo, inflamação e/ou perfuração da membrana timpânica, obstrução da tuba auditiva, otosclerose e outras.

**Deficiência Neurossensorial
É quando há qualquer alteração na recepção do som, seja por lesão das células ciliadas em orelha interna ou no nervo auditivo.
Vários fatores causam esse tipo de perda auditiva:
-> origem hereditária como problemas da mãe no pré-natal (tais como a rubéola, sífilis, herpes, toxoplasmose, alcoolismo, toxemia, diabetes etc),
-> trauma físico, baixo peso no nascimento por prematuridade, trauma de parto: meningite, encefalite, caxumba, sarampo etc.

**Deficiência Mista
Ocorre quando há uma alteração na condução do som até o órgão terminal sensorial associado à lesão do órgão sensorial ou nervo auditivo.

**Deficiência Auditiva Central
Este tipo de deficiência não é necessariamente acompanhado de diminuição da sensibilidade auditiva, mas manifesta-se por diferentes graus de dificuldade

Como reconhecer um individuo com perda auditiva??
A perda auditiva é um problema grave que não se consegue ver nem tocar, sendo assim, pode haver demorar a detectá-la.
Para as crianças, o diagnóstico tardio de um problema nas vias auditivas pode prejudicar o seu desenvolvimento de linguagem e conseqüentemente o seu processo de aprendizagem.

No caso de crianças, os pais e ou responsáveis devem observar as reações auditivas da criança:
->Nos primeiros meses de vida o bebê reage a sons como bater de porta, vozes, assustando-se, piscando e até chorando.
->Por volta dos quatro ou cinco meses a criança procura a fonte sonora virando a cabeça e corpo. Se o bebê não reage á sons, os pais devem ficar atentos e procurar orientação médica.
->Deve-se estar atento a crianças que assistam televisão em volume alto ou próximo do aparelho;
->Pede para repetir varias vezes o que foi dito;
->Problemas de concentração na escola;
->Os problemas comportamentais também podem estar associados a dificuldades auditivas, até uma pequena perda na capacidade de percepção auditiva, pode influenciar no comportamento e desenvolvimento da criança.

Exames utilizados para detectar qualquer distúrbio da audição:
->Audiometria Tonal e Vocal
->Audiometria condicionada Infantil
->Imitânciometria
->BERA – Audiometria de tronco encefálico (utilizado em casos em que a audiometria comum não seja efetiva).
->Emissões Otoacústica (EOA) – Mais utilizado em bebês ainda no hospital, conhecido como TESTE DA ORELHINHA. Este exame já é reconhecido através da legislação, conforme Portaria SAS/MS n. 587 de 07 de Outubro de 2004 e que se torna obrigatoriedade na rede pública.
->Teste de Processamento Auditivo – em casos de comprometimento no processamento das informações recebidas. Este teste é indicado para crianças em processo de aprendizagem.

Disfonia

Cuidado com alguns sinais!
A rouquidão, perda de voz, excesso de pigarro, queimação e o desconforto para falar, podem ser o resultado de um simples “calo nas cordas vocais”, mas também indicativos para um diagnóstico mais complexo, como até mesmo câncer de laringe.

Se você possui alguma queixa quanto à sua voz, ou percebe a voz do seu filho é diferente de outras crianças, procure um fonoaudiólogo e/ou um médico.

As alterações na voz podem aparecer por conta de lesões nas pregas vocais ou por uso incorreto da voz, ou, ainda, por ambos fatores, resultando na chamada disfonia.

Disfonia é o diagnóstico dado pelo fonoaudiólogo e pelo otorrinolaringologista, aos distúrbios da voz que, na maioria das vezes, já são reconhecidos pelo paciente.

O tratamento também é definido em conjunto, já que, em alguns casos, é possível a reabilitação por exercícios e orientações vocais na fonoterapia, mas em outros, pode ser necessária uma cirurgia de laringe.

O fonoaudiólogo possui participação essencial em ambos casos, pois indicará ao paciente o comportamento inadequado que realiza, ajudando-o a utilizar a voz de forma mais saudável, prevenindo o reaparecimento dos problemas na voz e utilizando técnicas vocais para a melhora da qualidade da voz, além de auxiliar o paciente a enfrentar e se apossar da sua nova expressão vocal.

Distúrbio de Leitura e Escrita

A escrita é uma forma de comunicação, e existe para o indivíduo a partir do momento em que este já pode ler.
Quando o indivíduo se depara com sinais gráficos que não pode ler a comunicação perde sua função.

A leitura tem a função de tornar a escrita significativa e deve ser valorizada no processo de alfabetização, pois é uma prática social.

O distúrbio de leitura e escrita é caracterizado pela dificuldade na aquisição e/ou desenvolvimento da linguagem escrita.
Geralmente são crianças que apresentam déficits tanto na decodificação fonológica quanto de compreensão da linguagem oral e/ou escrita.

As manifestações são evidentes durante o aprendizado da leitura e escrita, nos anos pré-escolares podem aparecer alguns sinais de dificuldades mais amplas de linguagem tais como vocabulário pobre, uso inadequado da gramática e dificuldades no processamento fonológico.

Nos anos inicias da escolaridade, além de dificuldades no reconhecimento das palavras e de compreensão na leitura, podem demonstrar dificuldades em manter a atenção e narrar fatos e acontecimentos, e problemas de compreensão do discurso, com freqüência, apresentam uma relação de sofrimento com a escrita, desinteresse pelas atividades de leitura e escrita, desconhecimento a cerca de suas funções, frustrações e inseguranças geradas pelos erros que cometem enquanto leitor e escritor

Os distúrbios de leitura e escrita têm causas variadas, podendo ser orgânicas, psicológicas, pedagógicas ou sócio-culturais.

O fonoaudiólogo atua nesta área promovendo o entendimento da funcionalidade da escrita e da leitura, e no estabelecimento de uma relação satisfatória e prazerosa na elaboração, interpretação e organização de textos

Paralisia Facial

É através da mímica facial que se pode expressar emoções e sentimentos, assim como, a execução de tarefas simples que muitas vezes nem se imagina como dar um sorriso, beijo ou até mesmo fechar os olhos

As ações realizadas pela mímica facial dependem da integridade do nervo facial.
Este tem como função mandar todas as informações necessárias para se realizar uma mímica. Por exemplo, quando levamos um susto é o nervo facial que manda uma mensagem para os músculos da testa para que eles se elevem.
Porém a ação deste nervo fica limitada nos casos de paralisia facial, que é a perda temporária ou permanente da sensibilidade e movimentação dos músculos da face.
Essa perda ocorre por que por alguma razão os músculos da face não “recebem” mais as informações do que eles deveriam fazer.
É como se o nervo facial fosse o comandante de um exército e os músculos fossem os soldados, que sem o comando este não sabem ao certo o que fazer.

As causas que levam a paralisia facial podem ser de diferentes causas como:
- traumas,
- lesões,
- infecções
- tumores.

Quando isso ocorrer deve-se procurar o mais rápido possível um médico para averiguar qual foi o causador e as condutas possíveis que existem para reverter o quadro.

O principal indicativo é a assimetria na face, tanto no repouso, como nos movimentos e funções.
Por exemplo, dificuldade em manter a boca fechada quando se esta comendo, assimetria no momento que sorri, dificuldade no fechamento dos olhos.

A fonoterapia é importante para que ocorra uma rápida melhora e também para diminuir as chances de seqüelas, porém esta deve ser realizada somente por profissional habilitado.

Recomenda-se que não se faça terapia com o uso de estimulação galvânica pois sabe-se que este pode estimular de forma errada o nervo.

A melhora do quadro dependerá de vários fatores, como o tipo de lesão, o tempo, grau e até mesmo a idade do paciente.

Por meio da terapia fonoaudiológica procura-se promover a melhora e minimização das seqüelas, cujo principal foco é o resgate das funções orofaciais.

A melhora dos casos dependem de diversos fatores, como a idades do paciente, a causa que culminou na paralisia, o tipo de lesão entre outros fatores.

Distúrbios da Motricidade Oral

É uma área nova de atuação fonoaudiológica, preventiva e de aperfeiçoamento muscular , voltada a face.

Fatores como:
- o envelhecimento,
- alterações nas funções de mastigação/deglutição ,
- problemas respiratórios
- alterações posturais influenciam na musculatura da face.

Para que haja um equilíbrio de forças musculares,a fonoaudiologia estética tem como objetivo:
- Harmonizar o estético e o funcional;
- Adequar a postura, a respiração, a mastigação, a deglutição e a fala;
- Equilibrar as forças musculares da face e pescoço;
- Minimizar ou eliminar as mímicas faciais exacerbadas ou inadequadas;
- Proporcionar a aquisição de hábitos saudáveis orofaciais e cervicais.

Os resultados do tratamento são:
- Fortalecimento e sustentação da face;
- Eliminar ou atenuar as rugas e marcas de expressão.

É contra-indicado nos casos:
- Pele com acnes;
- Quem fez ou faz tratamento à base de isotretinoína via oral (somente com autorização do médico, geralmente após 2 meses do término do tratamento);
- Após cirurgia da face somente com a autorização do cirurgião plástico;
- Bioplastia;
- No local onde há o efeito da toxina botulínica

Gagueira


GAGUEIRA

A gagueira é uma desordem da fala e
não faz parte do desenvolvimento
normal de linguagem.

Durante a infância, nos anos de aquisição
de linguagem é comum que existam
períodos variáveis no grau de fluência, decorrentes do amadurecimento
neuromotor e das incertezas quanto a
que palavra usar e em que estrutura frasal ela fica mais adequada. .

A gagueira decorre de uma pré-disposição hereditária, que associada à fatores estressantes como dificuldade de estruturação gramatical, problemas psicológicos e ambiente conturbado; leva à manifestação dos sintomas.
Ainda não se sabe com exatidão como se dá a interação entre os genes e os fatores ambientais.

O que se sabe é que o componente genético parece ser responsável, tanto pelas manifestações mais graves quanto pelas mais brandas da patologia, atuando até mesmo como fator de recuperação espontânea.
As rupturas no fluxo da fala decorrem de alterações na ligação entre a elaboração do que se deseja falar e na produção oral da fala, ou seja, uma falha na conexão entre cérebro e boca.
As situações que geram ansiedade tornam a fala mais difícil para todos, sejam gagos ou fluentes. Não existe conexão entre a causa da gagueira e um déficit de inteligência.

Sendo assim, ninguém apresenta 100% de fala fluente e o indivíduo que apresenta alteração na fluência pode ser considerado gago ou apenas disfluente (dependendo da quantidade a da tipologia das rupturas em seu discurso).

No caso das crianças, é importante observar se a gagueira está ocorrendo há mais de seis meses, assim como, ficar atento a que tipo de rupturas ela está apresentando, uma vez que existem as rupturas comuns (que ocorrem normalmente na fala) e rupturas gagas (que estão presentes apenas em pessoas com gagueira).

Em adultos a atenção à fala deve focar também o tipo de ruptura presente e em que circunstâncias ocorrem com mais freqüência, este aspecto é importante porque diante do público, falando sobre um assunto que não dominamos e para pessoas desconhecidas, é normal aparecer falhas na fluência.

Quando a gagueira é detectada é essencial que um auxílio profissional de médico e fonoaudiólogo seja providenciado, profissionais estes que avaliarão e promoverão o tratamento desta patologia.

Câncer de Cabeça e Pescoço

Nos últimos anos, a Fonoaudiologia teve sua área de atuação expandida para setores até então pouco explorados.
Um destes setores é o de atendimento a pacientes portadores de Câncer de Cabeça e Pescoço.

O câncer de cabeça e pescoço provoca alterações fonoaudiológicas com impacto na deglutição, voz, articulação e mastigação.

Os tipos de cirurgias nesses casos, trazem como consequencias alterações:
-> ressecções em cavidade oral e orofaringe (ressecção de lábios, de soalho de boca, mandíbula e língua) e laringe (laringectomias parciais e subtotais e laringectomias totais e faringolaringectomias).

A atuação fonoaudiológica ocorre em três etapas distintas do tratamento:

-->A primeira etapa refere-se ao atendimento pré-operatório:
Quando o fonoaudiólogo fornece ao paciente e seus familiares informações sobre as dificuldades de fala, voz e alimentação que podem decorrer do tratamento e sobre o processo de reabilitação fonoaudiológica propriamente dito.
É nesse momento que o vínculo terapêutico fonoaudiólogo/paciente se inicia e, por isso, sua importância.

-->A segunda etapa ocorre no pós-operatório:
O fonoaudiólogo obtém informações sobre a cirurgia.
Reforçando as informações fornecidas no período pré-cirúrgico, tranqüilizando o paciente quanto às dificuldades daquele momento, chamando a atenção para os aspectos que são provisórios e reforçando a ajuda que poderemos dar a ele para as mudanças definitivas.

-->A terceira etapa da atuação fonoaudiológica é composto pela reabilitação fonoaudiológica (avaliação e fonoterapia):
Geralmente inicia após a alta hospitalar com o encaminhamento médico.

O principal objetivo da fonoterapia em câncer de cabeça e pescoço é a reabilitação da deglutição e da comunicação.
Para tanto, é realizado a avaliação fonoaudiológica para identificar o que está alterado, definindo o diagnóstico fonoaudiológico e a conduta terapêutica mais adequada.
São observadas as condições da motricidade oral, voz (se presente), deglutição, articulação, presença de SNE (sonda naso-enteral) e presença de traqueostomia provisória ou definitiva.

A integração do fonoaudiólogo com a equipe interdisciplinar é essencial para que o indivíduo tenha as melhores possibilidades de adaptação após o tratamento do câncer de cabeça e pescoço.

É importante buscar uma melhor qualidade de vida para esses indivíduos.

Atraso na Aquisição da Linguagem

A aquisição da linguagem é o processo pelo qual a criança aprende sua língua materna.
É através da linguagem a criança tem acesso, antes mesmo de começar a falar, a valores, crenças e regras, adquirindo os conhecimentos de sua cultura.
A medida que a criança se desenvolve e cresce, seu sistema sensorial, incluindo a audição e a visão, se tornam mais apurados e refinados e, desta forma ela alcança um nível linguístico e cognitivo mais elevado.

Para falar, são necessários dois aspectos:
1. Aspectos físicos:
- Possuir o centro de linguagem íntegro (sistema nervoso central)
- Possuir o aparelho fonador íntegro (estruturas envolvidas no processo de fala: musculatura orofacial e órgãos fonoarticulatórios como língua, lábios, pregas vocais)

2. Aspectos do meio ambiente:
Escutar, aguardar e observar o que a criança tem à manifestar:
-->>gestos, vocalizações e olhares, procurando dar sentido a esses comportamentos, estímulos do meio ambiente e meio social na qual a criança esta inserida, oferecer segurança física e afetiva.

A linguagem envolve o desenvolvimento de quatro sistemas interdependentes:
->o pragmático, que se refere ao uso comunicativo da linguagem num contexto social;
->o fonológico, envolvendo a percepção e a produção de sons para formar palavras;
->o semântico, respeitando as palavras e seu significado;
->o gramatical, compreendendo as regras sintáticas e morfológicas para combinar palavras em frases compreensíveis.

Os sistemas fonológicos e gramaticais conferem à linguagem a sua forma.

No desenvolvimento da linguagem, duas fases podem ser reconhecidas:
-->a pré-lingüística, em que são vocalizados apenas fonemas (sem palavras)- até aos 11-12 meses de idade;
-->e, posteriormente, a fase lingüística, momento em que a criança começa a falar palavras isoladas com compreensão.

A criança vai progredindo nesta escala de complexidade no processo de aquisição, que é contínuo, devendo ocorrer de forma ordenada e sequencial.

Os estágios de desenvolvimento em aquisição da linguagem
A trajetória do desenvolvimento da linguagem se dá passando pelos seguintes estágios (de uma forma aproximada, tendo em vista a singularidade de cada criança):
-->balbucio - produção de sons: vogais (3-4 meses); consoantes e vogais (em torno dos 6 meses);
-->primeiras palavras - entre os 10 e 12 meses;
-->enunciados de uma palavra - em torno dos 12 meses;
-->crescimento vocabular grande - entre os 16 e 20 meses;
-->fase telegráfica - primeiras combinações de palavras, entre os 18 e 20 meses;
-->explosão vocabular - entre os 24 e 30 meses;
-->domínio das estruturas sintáticas e morfológicas - entre os 3 anos e 3 anos e meio;

É importante ressaltar que devemos estar atentos a intenção comunicativa das crianças, isto é, à intenção de comunicar-se e expressar-se.
Esta intenção pode ser demonstrada através da linguagem não oral por mudanças na mímica facial, utilização de gestos, produção de sons de forma contextualizada, etc.

Atraso de linguagem
O atraso de linguagem caracteriza-se pela ausência ou retardo no surgimento da linguagem oral, na idade em que isso normalmente ocorre.
As causas mais freqüentes do atraso de linguagem são:
-->estimulação ambiental deficiente
-->bilingüismo
-->fatores hereditários
-->problemas orgânicos
-->distúrbios emocionais

O atraso de linguagem se manifesta de forma evolutiva não satisfatória ou com dificuldades através de:
->vocabulário deficiente para a idade;
->dificuldade para estruturar sentenças;
->dificuldade para organizar o pensamento;
->dificuldade de compreensão;
->dificuldade para relatar fatos acontecimentos ou vivenciados;
->narrativa truncada apoiada em gestos;
->fala ininteligível geralmente acompanhada de alteração na articulação.

É importante não deixar de considerar o fato de que há uma considerável variação individual nos padrões do crescimento do vocabulário inicial de cada criança.
Nem todas as crianças apresentam as mesmas respostas, em termos de aquisição de linguagem.

O tempo de tratamento varia de um indivíduo para outro e também de outros fatores como: aceitação e motivação do paciente, estímulo por parte da família, ambiente familiar, causa do problema, etc.

Ronco e Apnéia

O ronco afeta a qualidade de vida por gerar problemas de sociais, emocionais e principalmente trazer prejuízos na saúde do paciente.
Se o caso for acompanhado de apnéia, o problema pode fica ainda pior.

Mas o que é o ronco?
O ronco é o ruído causado pelo estreitamento da região da garganta.
Esse estreitamento pode ser causado por diversas causa, como pela flacidez da região.
Essa flacidez faz com que os tecidos moles tornem-se mais volumosos e flácidos que por sua vez, atrapalha a passagem do ar, principalmente na inspiração, e quando este passa pela região há a formação do ruído.

A apnéia pode ocorrer quando essas estruturas fecham a passagem de ar momentaneamente.
A principal queixa dos pacientes que apresentam esse problema é a presença da sonolência. Quando ocorre a apnéia a única forma de retomar a respiração são os microdespertares que podem ocorrer várias durante a noite, alterando a qualidade do sono.
Além da sonolência podem apresentar cansaço, irritação, déficits de atenção, aumento de pressão arterial.

Os tratamentos são diversos:
Incluem cirurgia, farmacoterapia, dieta, uso de respiradores artificiais.
A mais nova forma de tratamento é a realizada pela Fonoaudiologia, desenvolvida pela equipe do Incor -SP.
A base desse tratamento é a realização de exercícios para fortalecer os músculos da língua e palato mole, que podem reduzir em até 40% dos sintomas e da gravidade.
Inicialmente esses são realizados de forma intensa e depois há a necessidade de manuntenção para que os músculos não voltem ao estado anterior.

Se você apresenta problemas de ronco e apnéia procure um especialista (médico otorrinolaringologista) para uma avaliação precisa de seu quadro, e se for o caso de terapia, ele mesmo o encaminhará a um profissional em Fonoaudiologia.